Theriz Journal

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My First Louis Vuitton

Saturday was the Louis Vuitton Cruise fashion show here in Brazil and it made me remember a story to share here for you.. ♡


"A saga da tradicional marca francesa tem suas origens em uma pequena aldeia remota na região de Jura, próximo à fronteira com a Suíça. Louis Vuitton nasceu em 1821 nos seios de uma família pobre de moleiros e carpinteiros. Aos 14 anos, ele resolve viajar, a pé (400 km), para Paris com o objetivo de aprender durante uma jornada de dois anos como trabalhar com madeira. Depois, o jovem Vuitton foi contratado como aprendiz de um fabricante de baús de viagem (antigas malas) que era usado pela alta sociedade em suas mudanças e deslocamentos. O jovem rapaz trabalhou muito para criar algo diferente, que fosse além de útil, prático e bonito. O conceito de aliar beleza e praticidade foi pioneiro na época. O destino extraordinário de Louis Vuitton começou a mudar em 1851 quando para cada viagem do imperador francês Napoleão III, ele era trazido ao belíssimo Palais des Tuilleries para embalar as bagagens da imperatriz Eugênia. A partir daí, sua sorte mudou e o jovem começou a colher os frutos de tanto trabalho e pesquisa."

The Store at Fifth Avenue in NYC

"Em 1854 ele resolveu fundar a MAISON LOUIS VUITTON MALLETIER na Rua Neuve-des-Capucines, no centro da capital francesa, próximo à famosa Place Vendôme. A sua grande primeira ideia foi criar um tecido altamente resistente e revestido (uma lona encerada impermeável, criando assim o conceito de malas “a prova d’água”), que iria substituir o couro. Um golpe de gênio: utilizar um material menos restritivo do que a pele natural e com melhor cheiro, já que as malas de couro da época eram famosas pelo mau cheiro. Além disso, ele revestiu os cantos dos baús com ponteiras de metal, tornando-os mais resistentes. E mesmo depois de aberta a oficina, ele ainda produzia por encomenda produtos exclusivos e únicos para os abastados da época, como um baú que virava cama, criado para atender a uma solicitação de um explorador europeu; outro baú que virava charrete, para um viajante muito especial; e ainda, um baú flutuante para os praticantes de balonismo que volta e meia caíam no mar. No ano seguinte, a Maison transferiu a oficina e a residência familiar para a pequena e charmosa cidade de Asnières-sur-Seine, localizada cerca de oito quilômetros de Paris. Desta forma, a produção estaria mais próxima dos fornecedores da madeira que servia de estrutura para as malas. Além disso, a empresa se aproveitaria do transporte fluvial para o escoamento de sua produção de uma forma mais eficaz."


"Pouco tempo depois, em 1858, ele criou as primeiras “malles plates”, um novo formato de baú (com tampa reta, diferentemente do utilizado na época, com tampa abaulada para permitir o escoamento da água da chuva, leve e à prova d’água), que facilitava a arrumação nos porões dos navios e o empilhamento nos trens, e o revestiu com sua assinatura em cinza. Tudo para atender às madames da época que viajavam de navio e precisavam de uma mala que pudesse ao mesmo tempo transportar de tudo e com muita classe. O material utilizado era sempre o mesmo: madeira, zinco, cobre e lonas impermeáveis. A ferramenta: seu apuro artesanal que cativou muitos ricos e nobres da época. Com o crescimento da empresa e a divulgação da marca ao redor do mundo, Georges Vuitton, filho de Louis, uniu-se ao pai a partir de 1870 para a abertura de novas lojas fora de seu país de origem, que aconteceria somente quinze anos depois."

Selfie at LV with my new Neverfull GM model ♡♡♡

"Em 1876, a empresa teve que tomar sua primeira atitude em relação às imitações, mudando sua já famosa lona cinza do modelo Trianon para as listras beges e marrons. O posicionamento da marca em relação à viagem era tal que foram criados produtos sob encomenda para esse fim: a “mala-cama”, em 1879; a “mala-secretária”; a mala de sapatos; as famosas caixas de chapéus; e até reboques de camping. Em 1885 foi aberta a segunda loja em Londres, localizada na badalada Oxford Street e primeira fora da França. Com o passar dos anos seus produtos despertaram inveja e inspiraram inúmeros imitadores. Georges Vuitton herdou o poder criativo do pai e continuou a inovação da marca ao criar, em 1888, como forma de boicotar as imitações, uma nova impressão batizada de “Damier” (que remete a um tabuleiro de jogo de damas) em marrom e bege trazendo a inscrição “marque L. Vuitton déposée”, ou seja, marca registrada Louis Vuitton. Foi em vão. A primeira utilização dos tradicionais monogramas das letras LV, granulados e nas cores marrom e bege, juntamente com símbolos que reproduziam flores, que hoje é a marca registrada da LOUIS VUITTON, aconteceu somente em 1896 quando Georges, filho de Louis, que morreu três anos antes, como mais uma tentativa de diferenciar seus produtos das inúmeras imitações que eram fabricadas na época. Rapidamente, os baús e malas com monogramas da marca caracterizavam as pessoas ricas e de bom gosto nas viagens de trens e navios. E, depois, nas primeiras classes dos aviões. Georges também foi responsável pela criação dos fechos invioláveis que equipavam os produtos."

Inside the store, waiting for my bag to be engraved with my initials

"O The Louis Vuitton Building foi inaugurado em 1914 na cidade de Paris, em um luxuoso endereço na Avenida Champs-Élysées, como a maior loja de produtos para viagem do mundo. Nesse mesmo ano, a empresa ampliou sua atuação internacional com inaugurações de lojas em Nova York, Bombaim, Washington, Londres, Alexandria e Buenos Aires. Em 1936, Georges Vuitton faleceu e, novamente, a empresa foi passada para o descendente direto da família, seu filho Gaston-Louis Vuitton. Sedento pela descoberta de novos materiais, ele dedicou-se com afinco ao seu objetivo, e em 1959, criou um tecido impermeável mais maleável à base de linho, algodão e PVC, utilizado como matéria-prima nos modelos de bolsas até os dias de hoje. Em 1977, Henry Recamier, genro da matriarca Renée Vuitton, assumiu o comando da empresa e iniciou a verticalização dos negócios. A empresa, então com apenas duas lojas próprias, alcançou vendas de US$ 12 milhões e lucro de US$ 1.2 milhões. Em 1978, a primeira loja no Japão foi inaugurada e no início da década seguinte a expansão asiática chegou à Taiwan e a Coréia do Sul."


"Até meados dos anos 80, a LOUIS VUITTON parecia fadada a vender bolsas clássicas para um público pequeno, porém muito fiel. Em 1987, o magnata francês Bernard Arnault comprou a grife da família Vuitton e, com ela, ergueu os pilares do grupo LVMH (Louis Vuitton Moët Henessy), maior conglomerado de marcas de luxo do planeta. Em um mundo globalizado, enxergou o potencial que um nome com a tradição da LOUIS VUITTON teria entre um público ansioso por consumir luxo de qualidade. Em 1992, a primeira loja em território chinês foi inaugurada, de olho na enorme população rica e crescente do país, que hoje é indubitavelmente uma grande potência consumista, especialmente no segmento de luxo. Cultuada por esta qualidade, a marca começou a se preocupar em lançar tendências em 1996, quando convocou sete estilistas renomados - Helmut Lang, Azzedine Alaïa, Vivienne Westwood, Isaac Mizrahi, Romeo Gigli, Manolo Blahnik e Sybilla - para reinventar seus acessórios, em uma homenagem aos 100 anos dos famosos anagramas. Mas a injeção de dinheiro não foi suficiente. Em 1997, Arnault contratou o estilista americano Marc Jacobs para renovar a LV e criar sua primeira coleção de roupas, além de sapatos, relógios e até joias extremamente sofisticadas. Reconhecido nos Estados Unidos por sua modernidade, o estilista americano desembarcou em Paris como um quase desconhecido, mas mostrou a que veio logo na primeira temporada. Transformou as bolsas LV em coqueluche. Disposto a inovar, a célebre combinação do logotipo marrom e amarelo sobre o fundo de couro marrom, dando um ar contemporâneo com símbolos da cultura pop e cores novas, o americano vem convidando nos últimos anos artistas e designers para experiências mais ousadas. Em 2001, Stephen Sprouse emplacou as bolsas grafitadas. Depois vieram os trabalhos em patchwork da artista inglesa Julie Verhoeven, as cores fluorescentes do diretor teatral Bob Wilson e os mangás do desenhista Takashi Murakami. Em outra prova de ousadia, convidou a atriz Jennifer Lopez para ser garota-propaganda da grife francesa, logo ela, que, com seus decotes exagerados e combinações esdrúxulas, já foi eleita uma das mulheres mais mal vestidas de Hollywood. Para o estilista, ela representava uma mulher influente, poderosa e cheia de glamour, do jeito que a cliente LOUIS VUITTON se sente com as criações da marca."

And my mother waiting for me

"Em 2004, quando comemorou seus 150 anos, a marca francesa inaugurou lojas em São Paulo, Cidade do México, Nova York, Cancun, Joanesburgo e República Dominicana, além da primeira loja global em Xangai na China. Os méritos de Marc Jacobs são reconhecidos por todos. Sob seu comando, a marca cresceu 80%. Há mais de 150 anos a LOUIS VUITTON conserva intacto o seu poder de atração, quer sobre as cabeças coroadas quer sobre as estrelas de Hollywood, de Cary Grant a Marlene Dietrich, de Sharon Stone a Jennifer Lopez. No segmento de malas, produto com o qual a tradicional marca iniciou sua escalada rumo ao sucesso, sua missão continua sendo fazer da viagem uma experiência pessoal e única. Mas sempre mantendo seus valores, que não mudaram desde o ano de sua criação: originalidade, espírito “avant-garde”, qualidade, “saber fazer” e paixão."

Since 1854
The first one of many others, I hope ♡


Bem, tem muito mais história e mais novidades da marca.. Da saída de Marc Jacobs à entrada de Nicolas Ghsquière, mas isso já é assunto para um próximo post! Por enquanto, ficamos por aqui e espero que tenham gostado :)


* Texto retirado do site Mundo das Marcas
** Imagens pessoais de meu diário de viagem à New York, quando comprei minha 1ª bolsa LV

Uma ótima semana à todos!
xx